Há um fogo que nasce
no fim da terra
com as cores fugazes
da atmosfera cansada
nas cinzas do ontem
que hoje, rasga a penumbra...
com as cores fugazes
da atmosfera cansada
nas cinzas do ontem
que hoje, rasga a penumbra...
Vacilam as cores
numa mistura, de escuro e luz
na contraluz, do crepúsculo
as horas demoram nas veias!
numa mistura, de escuro e luz
na contraluz, do crepúsculo
as horas demoram nas veias!
Os ninhos não cantam
as aves ausentes, choram
nos risos do engano
deitado no sol da noite, inglória.
as aves ausentes, choram
nos risos do engano
deitado no sol da noite, inglória.
A paz é utopia
os homens de pedra vagueiam
nos passeios sem terra
gritam os inocentes
na altivez da fome!
os homens de pedra vagueiam
nos passeios sem terra
gritam os inocentes
na altivez da fome!
Os olhos não veem
somente a alma sente
a sede de um povo
que se cala, desamparado da memória
ardem... queimam... doem
as dores que o crepúsculo
já não alimenta...
somente a alma sente
a sede de um povo
que se cala, desamparado da memória
ardem... queimam... doem
as dores que o crepúsculo
já não alimenta...
Será que ainda há homens que sentem?
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