A mulher madura nada no tempo
e flui com a serenidade de um peixe.
O silêncio em torno de seus gestos
tem algo do repouso da garça sobre o lago.
Seu olhar sobre os objetos
não é de gula ou de concupiscência.
Seus olhos não violam as coisas
mas as envolvem ternamente.
Sabem a distância entre seu corpo e o mundo.
Affonso Romano de Sant’Anna
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