Vagando em versos

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Poema de amor



Teu rosto, no meu rosto, descansado.
Meu corpo, no teu corpo, adormecido.
Bater de asas, tão longe, noutro tempo
sem relógio nem espaço proibido. 

Oh, que atônitos olhos nos contemplam
nos sorriem, nos dizem: Sossegai!
Românticos amantes, viajantes eternos
olham por nós na hora que se esvai!

Que música de prados e de fontes!
Que riso de águas vem para nos levar?
Meu rosto, no teu rosto de horizontes
Meu corpo, no teu corpo, a flutuar.


Natércia Freire

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