Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: “Ele era assim...”
Mas senta-te num banco de jardim
calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi
para ser em lembranças prolongada.
Porém, se um dia, só, na tarde em queda
surgir uma lembrança desgarrada
ave que nasce e em voo se arremeda
deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada
como uma luz, mais que distante, breve.
Carlos Pena Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário