Vagando em versos

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Amor



Onde reina o amor,
o impossível pode ser alcançado

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu por ter consciência plena e conhecer a razão, adoraria ter um amor pleno, um amor sossegado. Alguém para abraçar, abraçar muito, sem medo, bem apertado, aquele de quebrar costelas e ora calmo, sutil, com carinho de proteção, de suavidade. Quero alguém para assistir um filme de ação, de romance, de sexo, de comédia, documentário, mas algo que lembre que estão juntos. Quero jogar conversa fora, rir sem motivos, chorar de emoção, viajar, contar como foi o dia, fazer cafuné, ficar doidões tomando todas e mais algumas, contar estrelas, apreciar as ondas do mar, escutar o barulho da floresta, fumar o mesmo cigarro, repartir o sanduíche, pastel ou coxinha, sentir frio e assim ficar juntinhos, passear na praia, enchendo os pés de areia, catar conchinhas, beber no mesmo copo, comer no mesmo prato, se benzer em sete ondas do mar, contar por vezes os dedinhos das mãos e dos pés, beijar muito o narizinho, o queixinho, dar apoio, chorar junto, confortar, acariciar, dar longos beijos apaixonados, fazer amor gostoso e com muito desejo, chutar o balde da hipocrisia e da lógica, repousar ofegante, quase sem ar e com a boca seca, ficar abraçadinhos e falando baixinho, rindo, com cara de bobo e com gostinho de ‘Quero mais’. No amor se conhece os sabores, os odores, as texturas, as aflições, as cosquinhas, os pontos chaves, o ponto ‘G’. São desafios do corpo, são imposições da carne que arde na fogueira da paixão, sem medo de excessos ou abusos. No amor se odeia a solidão, a raiva, o ódio, a censura, a impugnação, a inveja e a repreensão.

Anônimo disse...

.... Quero troca, quero carinho, respeito, cumplicidade, sem lição de moral, sem esculacho, sem nojo, sem cara feia, sem chateação. Quero cantar musicas velhas e bregas, desafinado, mas com o coração e emoção, contar piadas sem graça, causos de medo e mistério, rolar na areia de roupa, fazer coraçãozinho com as mãos e também deixar mil mensagens no WhatsApp. Quero ternura, quero dengo, chamego, roubar a coberta no frio e o travesseiro também e dormir de conchinha com o braço no pescoço, horas a fio até ficar adormecido e formigando. Quero sincronismo nos movimentos, quero gemer, urrar, gritar e gozar junto. Quero tudo.

O amor é uma verdadeira amizade sem inveja e sem preconceitos. É um sonho com realidade plena, irrestrita, sólida e com argumentos do coração. É uma realidade sem Photoshop, sem filtros, sem maquiagem, sem nóias e sem restrições. O amor é um pecado sem castigo, uma chama que queima a Alma com sentimentos nunca antes sentidos, a elevação do espírito, a bênção dos Céus, um olhar que se encontra, um silêncio que não incomoda, um gosto bom. O verdadeiro amor tem ciúmes, tem um pouco de egoísmo, aquele que queremos só para nós, tem tristeza, aquela que temos por não ter encontrado antes e passar anos no vazio, tem insegurança, pois se duvida da felicidade, tem reflexão, aquela que avaliamos a alegria, tem segredos, dos mais indecentes aos mais extravagantes, tem insanidade, a doce emoção de querer fazer coisas que a gravidade duvida e a razão desconhece, tem timidez que se esvai com a sensação e com o prazer e tem caretas para fazer rir. No amor existe a total desconexão com o planeta quando se está amando, existem apenas dois polos em ação. No amor escutamos sinos tocando, luzes apagando, se faz amor em qualquer lugar, nos mais desafiadores e estranhos lugares, se tem a conexão com a loucura, a doce loucura da paixão.

No amor se briga e se chora por brigar, se discute e depois se sabe perdoar, se irrita, mas deixa como está, se grita, para se fazer escutar e se desespera, para se fazer notar. Se manda tomar banho, pegar água, sorvete, balas, fazer comida, ligar a TV, pegar o controle remoto. No amor se tira sarro da calcinha velha, da cueca e meias rasgadas, do espirro, da tosse, da rouquidão. No amor as coisas são lúcidas, ingênuas, sólidas e ao mesmo tempo intensas e insanas. Mesmo repetidas às mesmas coisas do passado, se tornam únicas, novas, pioneiras, como se fosse a primeira vez, afinal, novos tempos, novos desafios, novas emoções. E assim o amor é incompleto, pois cada vez mais, procuramos fórmulas para completá-lo, pois a cada dia, queremos mais e mais novas receitas, novos desafios, novas emoções, para torná-lo imortal...!

Anônimo disse...

Fazer mágica, escondendo objetos ou simplesmente se escondendo para dar sustos ou fazer medo, jogar baralho, colocar roupas do parceiro, fazer festas surpresas, chamar os amigos para uma reunião, tocar ou baixar a musica favorita de surpresa, lavar o carro, uma peça de roupa, trazer lembrancinhas, mimos, fazer pipoca para assistir um filme, torcer pelo mesmo time, gostar da mesma ideologia, mesmo não sendo primordial e ler livros juntos.

Na Psicologia, o amor é definido como sendo, não simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado psicológico qualitativamente diferente. Isto porque, "ao contrário do gostar, o amor inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa."

Psicologismos à parte, o que será, entre nós, sabedores do senso-comum, o amor? Será uma mistura entre loucura e paixão que faz focar o nosso pensamento única e exclusivamente na pessoa que amamos? Ou será um sentimento de desejo incontrolável que nos torna incessantemente ansiosos por estar com o outro, numa troca recíproca de carinho, afeto, confidências, palavras e olhares? - De fato, o amor pode ser uma conjugação de todos estes aspectos, em que nenhum é dispensável e todos são imprescindíveis.

"Alguns dos obstáculos a amar: A nossa agenda pessoal ou motivações, expectativas, necessidades e desejos. Temos que ter cuidado para que no amor não estejamos a procurar a nossa pessoa, uma réplica, um clone; ninguém pode ser exatamente como nós. O amor pode ajudar-nos a descobrir as nossas diferenças de modo que possamos enriquecer-nos por elas."