É preciso que nos vistamos de todas as cores
para camuflar nossos medos.
É preciso que abençoemos a pá
que sepultou nossas ilusões
e enterremos, saudosos, nossos momentos.
É preciso que nossas lágrimas fertilizem as covas
onde jazem nossos sonhos
e rezemos contritos num último adeus.
É preciso que nos ajoelhemos ao lado dos nossos fantasmas
e rezemos com eles o Réqueim dos amores.
É preciso que peçamos concordata dos nossos sentimentos
e reconheçamos a falência das nossas esperanças.
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