Vagando em versos

quarta-feira, 3 de março de 2010

Penso, logo minto.

 
 Res Cogitans
Penso, logo minto.
No que vejo, incerto,
reside o infinito,
pesadelo sem objeto.

E se afino o tato,
mesmo sem afinco,
o real me escapa,
paródia de labirinto.

Atônito entre nomes
e números, imagens
que me consomem,

sei que esta margem,
sua textura informa,
traduz outra paisagem.

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